Já percebeu que é muito fácil reconhecer uma bailarina andando na rua? E um músico esperando um ônibus? E quando tu tá surfando canais e percebe, por um quadro, que aquela série que adora tá passando? Agora, já imaginou se teu post no Facebook fosse imediatamente reconhecido como teu? Sim, eu sei. Pareço uma louca fazendo uma batida {vulgo vitamina} de bananas, pepinos, lama, e suco de pedra. Mas essas maluquices já viraram parte da minha identidade.
É esperado que um post meu tenha no mínimo uma guasquice, uma piada que não deveria ser dita de tão ruim que é, e uma analogia maluca que a princípio não faz sentido algum – e muitas vezes só depois de uma garrafa de tequila. E também é esperado que um post meu tenha um desses gráficos legais – e grandes demais -, cheio de palavras escritas. E a assinatura no canto.
Esses são elementos que, combinados, criam uma imagem da Bergamota. Aposto que, na tua cabeça, quando tu vê uma das minhas imagens, tu já espera uma guasquice, uma piada, uma analogia, algumas risadas… E tu espera conteúdo relacionado a identidade, que pode te ajudar a fazer teu conteúdo brilhar mais forte nesse céu de conteúdos que é a internet.
Viu? Isso é identidade. Agora deixa eu te contar uma história e te explicar essa maluquice.
Eu e a dança, a dança e eu
A fotografia é meu primeiro amor. Seguida de pertinho pelo design, mas esse é um amor adulto, de um coração mais calejado… Mas minha primeira paixonite é a dança. Fiz balé, jazz, contemporânea, lambada {sim, nasci no início dos anos 80, então lambada}, e tudo mais que me apareceu. Tudo isso pra descobrir que sou inimiga do ritmo. Mas…
Outra das minhas queridas é a música. Samba, MPB, rock, punk, alternativo, indie, folk… E já tentei tocar instrumentos – inimiga do ritmo – e cantar – eh, sem comentários.
Mas ainda assim adoro assistir. Pessoas dançando, pessoas cantando, pessoas tocando… adoro! Não é a toa que 99% dos meus namorados e ficantes são músicos. E se for ruivo então, bônus! Mas essa é outra história.
Uma pessoa que amo ouvir cantar é a Björk. Magia pura! E o clipe da It’s oh so quiet, gente! Que é isso?! Pura maravilha, música esplêndida, e dirigido pelo Spike Jonze. Preciso dizer mais?
Eu e séries de tv, séries de tv e eu
Pois então, outra coisa que amo é Gilmore Girls. Fala sério, existe menina que não goste? Diálogo rápido, cultura pop, Stars Hollow, Jess Mariano {afinal, quem não gosta de um bad boy?}… E se, realmente, o tão prometido filme sair, meu coraçãozinho romântico {psiu, não espalha tá?} espera que Rory e Jess se reencontrem. Casal perfeito, a la Elizabeth & Darcy, Eve & Roarke, Penny & Leonard…
Mas agora, te explico o porque de juntar tanta coisa num post só: dança, música e Gilmore Girls. A Amy Sherman-Palladino, grande cérebro por trás das meninas dos olhos azuis, também era dançarina quando criança. E desenvolveu outra joia da televisão, Bunheads.
A nova produção de Amy Sherman-Palladino (Gilmore Girls) acompanha a vida de uma dançarina de Las Vegas que impulsivamente se casa com um homem e vai morar com ele em uma nova cidade. Lá ela consegue um trabalho na escola de dança de sua sogra. ᔥ Minha série
E o que vem depois disso? Muita dança, muitas risadas, muito diálogo rápido, e muito mais. Infelizmente, a série foi cancelada após a primeira temporada 🙁 Mas vale varrer a internet pra encontrar e fazer uma maratona.
Tá, já expliquei onde entrou dança e Gilmore Girls, mas e onde entra a música nessa história nada enrolada? Bom, os episódios mostram rotinas de dança, bastidores das meninas treinando. E as músicas – e as danças – são deliciosas, é claro. Mas minha preferida de todos os tempos é a rotina que fizeram pra It’s oh so quiet. Gente, fala sério?! Assiste aí e me diz se não é o máximo?!
E o que tem a ver série de tv, música, dança e identidade, criatura… louca
Ai gente, tanto! Deixa eu explicar: música e dança são expressões pessoais. Mostram quem as faz tanto quanto – se não mais que! – seu RG. Conhece algum músico? Consegue pensar nele sem pensar em música? E dançarino? Tu vê pelo corpo, pela maneira de se mover…
Poisé, não dá pra separar um do outro. É como querer me separar da minha guasquice, o branco do arroz, a goiabada do queijo…
E a série de tv, ora bolas! O que faz uma série de tv ter sucesso, se não os personagens, e a maneira como eles interagem? A coisa é tão séria que alguns atores passam o resto da vida sendo reconhecidos como seu personagem de maior sucesso… E o que faz o personagem ser um dos mais – mais queridos, mais amados, mais pedidos?
É. Seu carisma. Sua personalidade. Sua identidade. Quanto mais completo o personagem, mais bem quisto ele é. Falhas e tudo.
Tá bom, e o que faço com isso?
Olha, pra começo de conversa, espero que dê umas risadas. Que te divirta com a música, com o vídeo, com a lembrança do teu episódio preferido da tua série preferida.
Depois, espero que tu pense em ti mesmo, mas pense com carinho, afeto, amor, e um pouco de tequila. Pense em quem tu é, quem tu quer que o mundo veja… Pense em tudo isso sem colocar nenhuma restrição, sem freios, sem papas na língua {por isso a tequila}.
Depois, espero que tu carregue isso pra sempre. Faça uma lista, e outra, e outra, tendo a certeza – e a esperança – de que ela vai mudar, crescer, evoluir. Tenha consciência de que não nascemos prontos, não vivemos prontos, não morreremos prontos. De que mudaremos sempre, e de que podemos ser muitos ao mesmo tempo agora. E espero, também, que tu ames. Ame quem tu foi ontem, quem tu és hoje, e quem tu serás amanhã – todas as possibilidades dele.
Ai que lindo, mas e o que tudo isso tem a ver com identidade, afinal?
Desculpa, tive um momento filosofa de boteco. Voltando…
Se estás aqui, lendo esse monte de palavras que uma maluca escreveu – enquanto congela com a sensação térmica de -2º do outono gaúcho -, é por que és, ou queres ser, empreendedor.
Assim sendo, deves estar curioso sobre identidade, comunicação, etc. Basicamente, em como te comunicar com o mundo, e fazer com que percebam como teu conteúdo é maravilhoso e deve brilhar nas suas telas.
Muito bem, um dos passos pra brilhar é mostrar quem tu és e a que tu veio. E a maneira como te mostras pro mundo é a tua identidade.
Sabe aquele primeiro episódio da série de tv, aquele primeiro capítulo da novela, os primeiros quinze minutos do filme, que apresentam os personagens principais e a história? Poisé, tua identidade é isso. Te apresenta rapidinho, quase que num piscar de olhos. E por isso ela é importante.
E o que afinal é essa identidade que tu fala?
Aff, pergunta difícil, hein?
Identidade, aqui, nesse contexto de empreendedorismo, é a maneira como tu te mostras pro mundo. É, sim, tua logo, tuas cores, teu site, teu cartão de visita, teus gráficos pras redes sociais. É também a maneira como tu fala, teu vocabulário, tuas expressões, teu tom – formal e sério, casual e piadista…
Não é fácil chegar nela. Já contei um pouco da minha história, e pelo pouco que contei, dá pra ver que o negócio é difícil. Na verdade, não diria difícil, diria… doloroso. Mas gratificante.
Resumindo, identidade é
A maneira como te apresentas pro mundo, através do conjunto de elementos que te identificam: a tua “cara” – logo, cores, elementos decorativos, fotos – e “voz” – vocabulário, tom, estilo de escrita.
E o objetivo de tudo isso é garantir que, quando tu fale – nas redes sociais, no teu site, na tua newsletter, ao vivo e a cores -, quem está lendo associe a mensagem contigo, sem precisar olhar assinaturas. Que tu não sejas mais um na multidão. Que tu te tornes uma referência pr’aquela pessoa. Que tu sejas lembrado quando a pessoa precisar de um serviço que tu oferece. Que teu conteúdo brilhe!
Espero que tenha ajudado. E como sempre, adoro conversar, então se tem dúvidas, pensamentos, reflexões, ou se discorda de tudo que disse, comenta aqui em baixo. Prometo que não mordo, e sirvo um chá de bergamota bem gostoso.